A história das raças

Mangalarga Marchador

A raça Mangalarga Marchador é tipicamente brasileira e surgiu há cerca de 200 anos na Comarca do Rio das Mortes, no Sul de Minas.

Minas Gerais já se destacava como centro criador de equinos desde o século XVIII e a chegada dos cavalos da raça Alter veio aprimorar ainda mais seus criatórios.

A Comarca do Rio das Mortes tinha um potencial de ouro muito baixo, mas chamou a atenção dos colonizadores por causa das suas boas condições para a criação dos animais. Havia água em abundância e a vegetação era constituída de matas, capões e ervas pardacentas, adequadas para a produção de forragem.

A raça Mangalarga Marchador originou-se do cruzamento dos cavalos da Coudelaria Alter do Chão (pertencente ao rei de Portugal), com éguas selecionadas pelos criadores daquela região mineira. Os cavalos da Coudelaria Alter do Chão, tem como base de sua formação a raça espanhola Andaluza, cuja origem étnica vem de cavalos nativos da Península Ibérica, germânicos e berberes. São animais de porte elegante, beleza plástica, temperamento dócil e próprios para a montaria.

Os primeiros exemplares da raça Alter chegaram ao Brasil em 1808, com D. João VI. A Coudelaria de Alter foi criada em 1748 por D. João V e viveu momentos de glória durante o século XVIII.

A região do Rio das Mortes em Minas Gerais, se destacava como centro criador de equinos, pois tinha um potencial muito baixo de ouro, porém chamou a atenção dos colonizadores por causa das boas condições para a criação de animais, pois havia água em abundância e a vegetação era constituída de matas, capões e ervas pardacentas, adequadas para a produção de forragem.

O Mangalarga Marchador teve como berço a fazenda Campo Alegre, no Sul de Minas. Propriedade de Gabriel Francisco Junqueira, o Barão de Alfenas, a quem é atribuída a responsabilidade pela formação da raça. Recebeu essa propriedade como herança de seu pai, João Francisco Junqueira. Personagem importante na história do Mangalarga Marchador foi José Frausino Junqueira, sobrinho de Gabriel Junqueira esse, exímio caçador de veados, em muito valorizou os cavalos marchadores por serem resistentes e ágeis para transportá-lo em suas longas jornadas.

Há várias versões para o nome Mangalarga Marchador, mas a mais consistente está relacionada à fazenda Mangalarga, localizada em Paty do Alferes, no Rio de Janeiro. O nome da fazenda era o mesmo de uma serra da região. Seu proprietário era um rico fazendeiro que, impressionado com os cavalos da família Junqueira, adquiriu alguns exemplares para os passeios elegantes realizados no Rio de Janeiro. Quando alguém se interessava pelos animais, ele indicava as fazendas do Sul de Minas.

O sangue de nossos marchadores, através dos Andaluzes vem de animais originários da Península Ibérica, germânicos e berberes.

Edi Mendonça / Belém, Pará – 12.10.23

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