CRIAÇÃO E MANEJO DE BOVINOS

SISTEMA ROTACIONADO

Gado para corte (Produção de carne).

A pecuária tem evoluído muito, tanto em tecnologia quanto em manejo.

O sistema de criação extensivo, aquele no qual se soltava o gado para pastejo em toda a área da propriedade, sem qualquer divisão, sem o devido cuidado com a qualidade do capim, correção de solo ou mesmo adubação, fornecendo somente sal grosso (aquele em pequenas pedras, conhecido hoje como sal de churrasco), felizmente é passado.

Hoje se usa o sistema semi-intensivo (rotacionado) e o confinamento eficazes formas de manejo, encurtando o tempo de permanência do gado na propriedade e proporcionando significativo ganho de peso diário o que se traduz em maior lucratividade.

A escolha da raça e de sua pureza é fundamental para o sucesso do empreendimento.

Nesta escolha deve-se observar a adaptação ao clima com a consequente e necessária rusticidade.

O manejo é fundamental, não pode faltar alimento, água de qualidade e jamais esquecer que o bovino é um herbívoro.

O capim deve ser de qualidade, palatável com o mais alto índice de proteína e a maior capacidade de brotação possível para a região.

Não copiar capim de outras propriedades, pois o que é bom naquela, necessariamente não é o melhor para sua área.

A escolha deve ser técnica e apropriada ao atendimento das necessidades da propriedade e ao objetivo da criação.

O manejo adequado deve propiciar ao gado pastejar observando-se a altura do capim, para o início e retirada dos animais do piquete.

A água de qualidade é fundamental em uma criação manejada adequadamente, deve ser servida à vontade e preferencialmente de poço, nunca de igarapés ou açudes, pois estes propiciam a absorção de areia ou terra, além de outras impurezas lançadas pelo homem, no caso de igarapés, fezes, defensivos agrícolas e outros, que acabam por prejudicar o sistema digestivo dos animais.

A utilização de cercas elétricas barateia sobre maneira a divisão da propriedade em piquetes, pois utiliza menos estacas e arames. Temos hoje cercas alimentadas por energia solar e bateria, garantindo funcionamento pelas vinte e quatro horas do dia, a custo zero, a partir da aquisição e instalação.

O objetivo do rotacionado é a retirada do gado duas vezes ao ano, isto é, a cada seis meses, com ganho diário de um quilo a um quilo duzentos e cinquenta gramas, o que equivale ao descarte na pior das hipóteses, com ganho de 180 quilos per capta e na melhor das hipóteses 225 quilos per capta, média de 202,5, o ganho por cabeça seria 405 kg, ao ano, com a vantagem do pecuarista também se capitalizar duas vezes ao ano.

Importante é definir-se com base técnica o dimensionamento dos piquetes, forrageira, o tempo de ocupação, etc…

Isto feito, com manejo correto e adubação o sucesso é certo.

A maximização de lucros é o grande objetivo de qualquer empresário e não é diferente no agronegócio.

Belém/PA, 21 de novembro de 2024.

Edi Mendonça

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