TRABALHADOR RURAL, PREOCUPAÇÃO NACIONAL

SITUAÇÃO

Carência de mão de obra, especialmente com especialização e/ou capacitação.

O que temos é a pouca transmissão de conhecimentos de forma empírica de pais para filhos, o que já a tempos, não atrai o jovem, nem o estimula a permanecer no campo, muito pelo contrário, leva-os a ilusão que o caminho para a cidade é promissor, oferecendo-lhes melhores oportunidades.

Do Oiapoque ao Chuí, todo aquele que investe no agronegócio tem dificuldades de conseguir, fixar e capacitar o trabalhador, peça fundamental nas atividades do campo, quer seja na pecuária ou na agricultura.

REALIDADE

Falta de apoio do governo que oferece uma educação deficiente com total ausência de formação profissional com o objetivo de manter o jovem no campo, evitando assim a evasão.

O jovem migra para a cidade em busca de oportunidades, porém sem formação ou capacitação, terá reduzidíssimas possibilidades de ascensão e muitas vezes, nem mesmo de um trabalho digno.

O homem do campo que vem para a cidade, em condições inapropriadas e sem qualquer formação e/ou capacitação que o possibilite inserir-se neste mercado e ambientes diferentes, muito mais competitivo e que exige cada vez mais capacitação e especialização, dificilmente obterá sucesso.

Este homem irá habitar a periferia, com enorme possibilidade de ser cooptado pelo tráfico, premido pela necessidade e no caso dos jovens, também pelo exemplo de outros, que levando uma vida de vícios e prazeres, o seduz mostrando uma enganosa realidade, pois acabam constatando que um “Mula” do tráfico, ganha em uma semana, muito mais do que ele teria condições de ganhar em um mês de árduo trabalho.

SERIEDADE

A situação real e recorrente não está sendo devidamente vista com olhos voltados à solução, nenhuma efetiva ação, apenas inúmeras queixas, porém não se implementa nenhuma medida que realmente possibilite a mudança deste “Status Quo”.

O empresário do agronegócio, seja ele pequeno, médio ou grande, precisa preparar-se pois enquanto não houver uma efetiva habilitação e capacitação para o homem do campo, nenhuma possibilidade de solução haverá para este grave problema.

PERSPECTIVA

No quadro atual, reduzidíssimas, enquanto não se partir da palavra para a ação.

O homem do campo hoje, até por falta de perspectivas vive de auxílios governamentais,

A solução está nos sindicatos rurais, nas Federações, aliados aos competentes órgãos públicos para uma ação conjunta objetivando formação e capacitação.

EVOLUÇÃO

O agronegócio caminha a passos largos, incorporando novas tecnologias, inclusive digitais, a administração de fazenda e/ou haras através de aplicativos acessíveis, também por celulares, máquinas ultramodernas etc…

Necessário e conveniente se faz a incorporação da ação de preparar estes homens e mulheres para viverem e trabalharem no campo, oferecendo-lhe perspectivas de ascensão profissional e social, coibindo a estigmatização do homem do campo, até hoje bastante vilipendiado.

PROVIDENCIAS

Sindicatos Rurais, Federações e órgãos governamentais, precisam se unir no sentido de criar soluções que possibilitem a habilitação e capacitação do homem do campo, a começar pelas escolas, implantando cursos profissionalizantes, ligados a atividade agrícola e pecuária.

ESPECTATIVAS

Deixar claro ao homem do campo, especialmente aos jovens, que é possível e viável a ascensão profissional e social no campo.

SOLUÇÃO

Oferecer possibilidade de ascensão profissional e consequentemente social, podando o deslocamento para a cidade na ilusão da busca de melhores condições.

CONCORRÊNCIA

Hoje quando algum produtor oferece a seu empregado a mais simples formação ou capacitação, corre o risco de vê-lo cooptado por seu concorrente, o que de fato acontece em obediência a “lei do mercado”, maior procura/menor oferta.

A concorrência considerada hoje inconveniente e desleal, será minimizada à medida que aumentar o número de formados e capacitados, pois a oferta começará a equiparar-se a demanda.

Edi Mendonça, Belém/PA, 12 de março de 2025.

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