O PIB do agronegócio brasileiro foi de R$ 2,45 trilhões no primeiro semestre de 2024, sendo 1,65 trilhão no ramo agrícola e 801 bilhões no ramo pecuário . Portanto, considerando esses resultados e o comportamento do PIB brasileiro no período, estima-se que a participação do setor economia fique próxima de 21,5% em 2024, abaixo dos 24,0% registrados em 2023.
A performance do agronegócio foi impactada pela diminuição dos preços e pela queda na produção de vários dos principais produtos. O ramo pecuário atenuou esse resultado, principalmente devido ao bom desempenho dos segmentos agroindustrial e de agroserviços. Do ponto de vista dos segmentos do setor, o PIB dos insumos e do setor primário apresentaram retração. Esses segmentos foram negativamente afetados pela queda do valor bruto da produção, pressionado principalmente pela desvalorização dos preços, mas também pela expectativa de menor produção anual. A performance da agropecuária, especificamente, foi impactada pela desvalorização dos preços de commodities importantes que compõem o segmento – como algodão, café, milho, soja, trigo, criação de bovinos para corte e para leite, suinocultura, entre outras – e pela projeção de retração da produção anual. Para a agroindústria e os agrosserviços, a queda no PIB resulta exclusivamente das retrações observadas para o setor agrícola, tendo em vista os avanços observados para o setor pecuário. Na indústria agrícola, a queda ocorreu principalmente devido aos preços mais baixos (com destaque para as indústrias de óleo vegetal, biocombustíveis e celulose e papel), mesmo com o aumento da produção industrial e a redução dos custos com insumos. Na indústria pecuária, o PIB foi sustentado pela redução dos custos com insumos e pelo aumento esperado na produção de carnes e pescados, couro e calçados e, em menor grau, laticínios.
Fonte: CNA e Cepea/USP
*Estimativa com dados até julho