Piscicultura em Alta: Conheça as Principais Espécies, Custos e Regiões Produtoras no Brasil

Por Edi Mendonça
Belém/Pará, 14 de julho de 2025

A piscicultura vem se consolidando como uma importante atividade econômica e sustentável no Brasil. Com espécies adaptadas às diferentes regiões do país, o setor alia tecnologia, nutrição balanceada e manejo eficiente para garantir produtividade e rentabilidade.

🐟 Principais Espécies Cultivadas

  1. Tilápia (Oreochromis niloticus)
    Originária da África, a tilápia é conhecida pelo rápido crescimento, adaptabilidade e sabor suave. É uma das espécies mais populares no mercado.
  2. Tambaqui (Colossoma macopomum)
    Espécie nativa da Amazônia, oferece excelente rendimento de carne, sendo muito valorizada nas regiões Norte e Centro-Oeste.
  3. Pirarucu (Arapaima gigas)
    Um dos maiores peixes de água doce do mundo, o pirarucu tem carne nobre e muito apreciada no mercado gourmet.
  4. Pintado/Surubim (Pseudoplatystoma spp.)
    Espécie carnívora das bacias do Paraná e Amazonas, valorizada principalmente no consumo interno.

🌱 Fertilidade e Nutrição

Para garantir o bom desempenho das espécies, a fertilização dos tanques — tanto orgânica quanto inorgânica — é essencial para estimular a base alimentar natural. Também se utiliza ração balanceada com teores de proteína entre 32% e 40%, dependendo da espécie e fase de crescimento. O acompanhamento técnico é fundamental para evitar desperdícios e maximizar o ganho de peso.

💰 Custos Médios de Criação (por ciclo)

EspécieCusto por kg (estimado)
TilápiaR$ 4,00 a 5,50
TambaquiR$ 10,00 a 12,00
PirarucuR$ 15,00 a 25,00
PintadoR$ 12,00 a 20,00
CarpaR$ 15,00 a 20,00

🧭 Regiões Produtoras

A tilápia predomina no Sudeste e Centro-Oeste, enquanto o tambaqui e o pirarucu são mais comuns na região Norte. O Nordeste também se destaca, principalmente na produção de tilápia em sistemas de cultivo intensivo.

💧 Aeração e Tecnologia

Nos sistemas intensivos, a aeração dos tanques é obrigatória e feita por meio de equipamentos como aeradores tipo paddle, venturi ou microbolha. Além disso, a tecnologia de monitoramento digital garante controle mais preciso da qualidade da água e do desempenho dos peixes.


Com investimento, manejo técnico e atenção às características regionais, a piscicultura brasileira segue nadando a favor da corrente. O setor não apenas movimenta a economia como também contribui para a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável.

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